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Criatividade na Vida a Dois: Renovando o Amor com Sabedoria e Alegria

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Texto bíblico base

Eclesiastes 9:9“Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida, todos os dias da tua vaidade debaixo do sol, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os teus dias de vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida e no teu trabalho em que trabalhaste debaixo do sol.”

Introdução

Você já parou para pensar como é fácil deixar o cotidiano transformar o casamento em rotina? Entre contas, agendas, filhos, trabalho e tantas pressões, o romance pode ir se esvaindo como areia entre os dedos… sem que a gente perceba.

Mas o que Salomão, um dos homens mais sábios (e experimentados) da história, nos diz no meio de um livro cheio de reflexões sobre o sentido da vida? Ele nos manda “gozar a vida com a mulher que amamos” — não como um luxo ocasional, mas como um chamado diário, uma prioridade divina.

E se, em vez de esperar que o amor se reacenda sozinho, começássemos a cultivá-lo com intencionalidade, criatividade e alegria?

Hoje, vamos explorar como a sabedoria bíblica nos convida a viver o casamento não apenas com responsabilidade, mas com comportamentos criativos que renovam a vida conjugal. 

Esse versículo não é só um conselho poético; é um convite prático para renovar o amor com os olhos fixos no presente e o coração aberto à graça de Deus. Vamos ver isso em três movimentos essenciais:

1. Gozar: Escolher a Alegria como Atitude Diária

(Eclesiastes 9:9a – “Goza a vida com a mulher que amas…”)

Você já percebeu como, às vezes, o casamento parece mais um “dever” do que uma dádiva? Entre as contas do mês, os filhos precisando de atenção e o cansaço da rotina, é fácil cair na armadilha de enxergar o cônjuge como mais um item na lista de responsabilidades. Mas e se lhe dissessem que Deus, no meio de um dos livros mais existenciais da Bíblia — um que fala da futilidade da vida debaixo do sol —, inclui um mandamento quase poético: “Goza a vida com a mulher que amas”?

A palavra hebraica traduzida por “goza” (ra’ah, neste contexto, vinculada a samach — alegrar-se) não evoca simples prazer momentâneo, mas celebração intencional, um saborear ativo. Como quem degusta um bom vinho, não o engole de um gole só. Isso significa que a alegria no casamento não é um subproduto do sucesso financeiro, da tranquilidade emocional ou da ausência de conflitos. É uma escolha diária — talvez até uma disciplina espiritual.

Veja bem: muitos casais vivem esperando que o outro “traga” a felicidade, como se o amor fosse um poço que um tem que encher com esforço próprio. Mas a sabedoria bíblica inverte essa lógica: você é chamado a desfrutar. Isso muda tudo. Em vez de depender de gestos grandiosos ou de mudanças no comportamento do outro, o convite é voltar o olhar para o que já está ali — aquele olhar familiar que ainda tem brilho, aquele hábito engraçado que antes irritava e hoje encanta, até o silêncio confortável que só quem compartilha anos de história consegue construir.

Nesse sentido, criatividade começa com atenção, não com invenção. Como escreveu o poeta cristão G. K. Chesterton: “A coisa mais extraordinária é que as coisas ordinárias existam.” Quantas vezes ignoramos o extraordinário justamente porque ele se veste de rotina? Pergunte-se, com honestidade: O que ainda me encanta nela(e) que eu tenho ignorado?

Estudos em psicologia positiva reforçam isso: casais que praticam a gratidão diária — mesmo por coisas mínimas — relatam níveis significativamente mais altos de satisfação conjugal. Não é magia; é postura. A alegria não depende de circunstâncias perfeitas, mas da escolha de ver o outro como um presente de Deus. E presente, por definição, não é merecido — é dado.

Imagine um casal sentado à mesa do café da manhã, cada um com o celular na mão, sem trocar uma palavra. A cena é comum, mas não precisa ser inevitável. Agora imagine o mesmo casal, e um deles diz: “Hoje acordei agradecido por acordar ao seu lado.” Nada mudou no ambiente — só na postura do coração.

Portanto, gozar a vida com quem você ama não é um luxo para os casais “bem-sucedidos”. É um mandamento de sabedoria prática, especialmente nestes tempos em que o descartável virou norma. Quando decidimos celebrar o outro — não por quem ele deveria ser, mas por quem ele é —, estamos resistindo à cultura do imediatismo e abraçando a beleza do compromisso fiel.

E se, hoje, você parasse tudo por um minuto e simplesmente olhasse para seu cônjuge — não com cobrança, mas com gratidão? Talvez seja aí, nesse pequeno gesto de atenção, que o amor recomece… não com fogo de artifício, mas com a chama constante de quem escolhe, todos os dias, desfrutar o dom que Deus colocou em seu caminho.

2. Todos os Dias: A Disciplina do Cuidado Contínuo

(Eclesiastes 9:9b – “…todos os dias da tua vida…”)

Imagine um jardim. Se você o rega apenas no aniversário de plantio, ele murcha. Se o aduba só quando as folhas caem, é tarde demais. O verde que encanta os olhos e o aroma que alegra o coração não nascem de gestos esporádicos, mas da fidelidade cotidiana do jardineiro. Assim é o casamento. Salomão, em meio às suas reflexões sobre a efemeridade da vida, não deixa espaço para ambiguidade: “todos os dias da tua vida”. Não “quando der”, não “nas datas importantes”, mas diariamente — como quem respira, como quem ora, como quem escolhe viver.

Hoje vivemos em uma cultura do espetáculo, onde o amor é medido por viagens surpresa, declarações virais ou presentes caros. Contudo, a Bíblia aponta para uma verdade mais silenciosa, mas muito mais duradoura: o amor maduro se alimenta de pequenos atos repetidos com fidelidade. Um café servido sem que o outro tenha pedido. Uma mensagem no meio da tarde só para dizer “estou pensando em você”. Um “obrigado” sincero por algo aparentemente banal — dobrar a roupa, preparar o almoço, ouvir sem interromper. Esses gestos não viram stories, mas constroem o alicerce invisível de um casamento que resiste a crises, ao tempo e ao cansaço.

Aliás, a neurociência corrobora isso: estudos mostram que microgestos de afeto e apreciação diários ativam circuitos de recompensa no cérebro mais eficazmente do que grandes demonstrações ocasionais. O psicólogo John Gottman descobriu que casais estáveis mantêm uma “razão de ouro” de 5 para 1 — cinco interações positivas para cada negativa. E essas interações positivas raramente são grandiosas; são sorrisos, toques leves, palavras de reconhecimento. Ou seja, a criatividade no casamento não está em inventar o extraordinário, mas em transformar o ordinário em ato de amor.

E aqui entra um convite transformador: em vez de esperar o momento ideal para “reacender o romance”, que tal tratar hoje como o palco principal do seu cuidado? Você não precisa de um jantar à luz de velas para ser intencional. Basta olhar nos olhos do seu cônjuge quando ele falar. Basta lembrar o nome do colega de trabalho dele. Basta não rolar o celular imediatamente após o jantar, mas perguntar: “Como foi seu dia — de verdade?”

Alguém já disse, com sabedoria prática, que “o amor não se gasta com o uso — ele se fortalece com o exercício”. Assim como um músculo, ele cresce com movimento constante, não com repouso esporádico. E “todos os dias” é exatamente isso: um convite à prática diária do cuidado, à disciplina suave da presença, à coragem de amar mesmo quando o coração está cansado.

Talvez você esteja pensando: “Mas e se eu não sinto vontade hoje?” Bem, aí está a beleza da maturidade espiritual e emocional. O amor bíblico — ágape — não é apenas sentimento; é decisão de bem-querer. E essa decisão, quando exercitada dia após dia, muitas vezes acaba reacendendo o sentimento que parecia apagado.

Portanto, não subestime o poder dos “pequenos”. Eles são os tijolos invisíveis que erguem uma casa onde o amor não apenas sobrevive, mas floresce. E se, a partir de hoje, você assumisse o compromisso de plantar um gesto de cuidado por dia — sem esperar retorno, sem alarde, apenas por amor? Talvez seja exatamente nesse “todos os dias” que você redescubra não só o rosto do seu cônjuge, mas o coração de Deus, que também nos ama com uma fidelidade que nunca falha, todos os dias.

3. Com a Mulher que Amas: Reafirmar o Compromisso no Presente

(Eclesiastes 9:9c – “…com a mulher que amas…”)

Há uma beleza silenciosa nesta frase de Salomão: “com a mulher que amas.” Ele não fala de uma mulher perfeita, nem de um amor idealizado — fala da pessoa real, com suas virtudes e imperfeições, que caminha ao seu lado hoje. É um lembrete de que o casamento não é um conto de fadas, mas uma construção diária entre dois seres imperfeitos sustentados por um Deus perfeito.

O amor verdadeiro não vive de idealizações, mas de decisões. Muitos casais se perdem tentando recriar uma imagem romântica do início do relacionamento ou comparando-se com outros. Esquecem que o que mantém viva a chama não é o “era uma vez”, mas o “ainda é”. O amor precisa ser reafirmado no tempo presente, pois o coração humano se alimenta de presença e não apenas de lembrança.

Deus não nos chama a amar um sonho, mas uma pessoa. Amar o cônjuge é, em essência, um ato de fé: acreditar que o amor pode amadurecer, mesmo quando a paixão diminui; crer que a graça de Deus é suficiente para sustentar dois corações que escolhem continuar juntos. Criatividade, aqui, é escolher amar de novos jeitos a mesma pessoa. É olhar novamente, com olhos de graça, para aquele ou aquela que às vezes já se tornou “familiar demais”.

O filósofo Søren Kierkegaard dizia que “amar é querer o mesmo de novo”. Essa frase ecoa o princípio bíblico de Eclesiastes: amar é uma renovação contínua da aliança. Reafirmar o compromisso significa decidir permanecer, mesmo quando o entusiasmo inicial se esvai. É parar de buscar perfeição e começar a celebrar a parceria. É entender que Deus não nos deu o cônjuge ideal, mas o real — e que é nesse encontro entre realidades humanas e graça divina que o amor se torna santo.

Talvez o segredo da longevidade conjugal não esteja em grandes surpresas, mas em conversas honestas, perdões rápidos e sonhos compartilhados. Conversar sem acusar, ouvir sem interromper, perdoar sem contabilizar. A relação cresce quando o diálogo substitui o julgamento. O perdão é a ponte que mantém o casal unido quando a emoção não basta. E sonhar juntos é lembrar que Deus ainda escreve capítulos novos para quem não desiste da história.

O amor que permanece não é o que nunca enfrenta tempestades, mas o que aprende a construir abrigos nelas. Amar é escolher novamente, e essa escolha exige coragem. Coragem para enxergar o outro com misericórdia, para soltar as comparações e para investir no presente, não no passado.

Então, se o casamento tem sido difícil, olhe para o lado: essa é a pessoa que Deus confiou a você — não para ser mudada, mas para ser amada. A verdadeira transformação acontece quando deixamos de tentar moldar o outro à nossa expectativa e passamos a moldar nosso coração ao padrão de Cristo.

Amar a mulher (ou o homem) que está ao seu lado é viver o evangelho em sua forma mais prática. É perdoar setenta vezes sete. É servir sem aplausos. É aprender que o “eu te amo” mais poderoso não é o dito, mas o demonstrado todos os dias.

No fim, o casamento é uma pequena parábola da graça: dois pecadores que, sustentados por um Deus fiel, decidem continuar dizendo “sim” — não apenas no altar, mas na rotina, no perdão e no recomeço. E é nessa constância que o amor deixa de ser apenas sentimento e se torna reflexo do amor de Cristo pela Igreja, que escolhe amar, apesar de tudo, e amar sempre.

Conclusão

Viver o casamento com criatividade não é sobre inventar grandes surpresas todos os dias. É sobre escolher ver o amor como um presente a ser desembrulhado continuamente — com curiosidade, gratidão e fé.

Eclesiastes 9:9 nos lembra que, em meio à “vaidade” deste mundo — seus desgastes, suas frustrações —, o casamento é um dos maiores presentes que Deus nos dá para experimentar alegria aqui e agora.

Então, que tal começar hoje?
Não espere o momento perfeito.
Hoje é o dia.
Olhe para quem está ao seu lado, lembre-se do seu voto diante de Deus, e pergunte: Como posso desfrutá-lo(a) com mais amor, mais leveza e mais criatividade?

Porque o amor não se cansa — ele se renova…
quando decidimos gozá-lo, todos os dias.

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SOBRE O AUTOR:
Josias Moura de Menezes

Possui formação em Teologia,  Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Licenciatura em Matemática. É especialista em Marketing Digital, Produção de Conteúdo Digital para Internet, Tecnologias de Aprendizagem a Distância, Inteligência Artificial e Jornalismo Digital, além de ser Mestre em Teologia. Dedica-se à ministração de cursos de capacitação profissional e treinamentos online em diversas áreas. Para mais informações sobre o autor veja: 🔗Currículo – Professor Josias Moura

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